Looking for a thougth?

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

The Madness of Reality

Bla bla bla, meses sem postar aqui... Passadas as desculpas de sempre, percebo que estou escrevendo cada vez menos, me pergunto por que... Antes as palavras vinham mais fáceis, era mais simples tecer longas teias de fantasia, criar e conhecer personagens, dar a cada uma sua dose de lágrimas e sorrisos... O que está acontecendo comigo? Dizer que 'cresci' seria uma resposta, mas não é válida, os melhores escritores são os mais velhos, cuja mente voa mais longe já que o corpo não pode tanto...

Acho que estou apenas cansada, não por ter feito muitas coisas, estudado ou qualquer inutilidade do gênero ( sim, para mim, inutilidade, sermões não mudarão meu ponto de vista...)apenas cansada desta realidade eu acho, se eu tivesse a coragem de escrever o que se passa pelo meu insano e desvairado 'eu' interior nestes momentos, talvez eu risse, ou chorasse ou mais provavelmente os dois, mas enfim, estou cansada... Dessa rotina, das escolhas feitas pro outros e que esperam que eu aceite como minhas, daquilo que esperam que eu seja, dos sonhos cada vez mais distantes... Das vozes, das companhias, dos problemas, das soluções, das obrigações... E principalmente, da maldita rotina que é tudo isso.

Eu gostaria de escrever como antes, mas não consigo, os personagens se tornam cada vez mais amargos, a fantasia se cobre de ferrugem e os finais caminham para uma insossa normalidade... As historias já não acalentam, apenas angustiam, já não consigo e não quero dar vida aos meus personagens para jogá-los nessa angustia e nessa vida apática, se não posso dar-lhes os mundos que dava antes; que sejam então jogados ao esquecimento, que nunca existam...

Sussurros no escuro estão cada vez mais freqüentes, já não sei se são meus ou da louca criatura que habita os meus sonhos e pesadelos, é estranho pois temos a mesma voz, os mesmos olhos... As vezes, no silencio do limiar entre o sono e a realidade eu me pergunto se a loucura não se aproxima, sutil demais para que eu perceba, mas então os sonhos vem... e eu não compreendo os sussurros desesperados que tentam me alcançar.

As vezes eu gostaria...

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