Looking for a thougth?

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Bond of Blood

Li um post hoje que me fez pensar em certas coisas, duas na verdade: meus irmãos.As duas pessoas com quem eu mais discuto, brigo e arrumo confusão por qualquer besteira; e ainda assim, duas das pessoas que eu sei que vão me fazer mais falta caso um dia deixem de estar por perto.Resolvi então mostrar um pouco desse "ser irmão" pra mim.
A relação entre irmãos é diferente de qualquer outra, não sei explicar, um irmão não é alguém com quem você quer estar todo o tempo... Na verdade você quer distância a maior parte do tempo! E parafraseando um amigo " Irmãos são os melhores em 50% do tempo e os piores nos outros 50%" mas ainda assim, é alguém que você precisa saber que está em algum lugar, mesmo que vocês passem todo o fim de semana trancados cada qual em seu quarto, basta saber que o outro está ali. É acordar e nem dar bom dia, já começar brigando, xingando e batendo e no segundo seguinte estar rindo por qualquer besteira.

Um irmão não é um melhor amigo com o qual você quer sempre conversar, mas é aquele que nunca vai ter medo de te dizer o que você precisa ouvir, pode não ser todo sorrisos e carinhos, mas vai ser o ombro amigo quando você mais precisar, quase sempre aquele que te faz chorar, mas jamais vai perdoar se outra pessoa fizer o mesmo,é aquele que você nunca vai dizer o quanto é importante e também que nunca vai conseguir mensurar o quanto precisa.

Enfim...Não importam as brigas pelo controle remoto, as discussões pelo ultimo pedaço de pizza ou qualquer outro motivo...Essas sempre vão existir, assim como vão também existir aqueles momentos únicos, que ninguém mais é capaz de proporcionar... Piadas, viagens, brincadeiras, apelidos... São coisas pequenas, que você só percebe tempos depois como marcam a sua vida... Em todos os melhore momentos, da minha infância principalmente, eles estão presentes, e mesmo agora, todos já 'crescidos' ainda existem piadas que só nós entendemos, momentos rotineiros e tão necessários...

Sei la... Acho que eu não gostaria das coisas que gosto, e não seria nem metade como eu sou hoje sem eles... Aprendi muita coisa com eles, coisas boas e coisas inúteis... Aprendi frações e a ser louca por jogos de computador, a gostar de legião urbana e desenhar nas aulas... E o mais importante: a arte de sacanear =p

Um irmão não vai hesitar em dizer "Você está errada" "Você é idiota." e principalmente "Sai do meu quarto." Muito provavelmente não vão estar nem ai pra os seus problemas, não como você espera de um amigo, não vão sentar e conversar, vão estar ali, apenas te dando a certeza que você não está sozinha, todos podem passar, amigos, namorados e , infelizmente, nossos pais, que nos deixam muito antes de nos sentirmos prontos para viver sem eles... Mas um irmão, vai estar ali, nem que seja pra lhe dizer o quão idiota você está sendo.

Meus irmãos são um pé no saco, me zoam por causa da minhas músicas e dos meus jogos, me chamam de emo e torram a minha paciência. Mas a vida não seria em um terço tão divertida sem eles. Talvez eu fosse um pouco mais normal, com certeza teria um vida bem diferente... Mas não deixaria de ser ‘Gué’ por nada nesse mundo.

Irmãos são a pior coisa do mundo, você nasce sendo obrigada a amá-los e no fim, não consegue viver sem eles...

Brother are like drugs… even if you know they can kill you, you don’t want to let them go.

domingo, 23 de maio de 2010

Deep in The Souless

Como era esperado o que eu disse ontem gerou uma certa comoção ,mas, deixo claro aqui que nunca neguei a beleza desse sentimento, apenas não consigo deixar de vê-lo como uma prisão... O amor é superestimado, por que aqueles que amam se vêem perdidos em tal felicidade que não percebem o quanto se prendem... Isso é bom, perceber-se tão feliz a ponto de nada mais importar... Mas,talvez, apenas talvez...Não seja para mim, eu consigo ver a beleza desse amor, mas apenas sua beleza poética, o amor entre flores e sorrisos, o amor em contos e filmes, mas a realidade me aprece simplesmente crua demais para isso.

O surreal me atrai de forma quase doentia, a fantasia o inexistente me inebriam, mas exatamente pelo fato de me levarem para tão longe desta realidade... Simplesmente não consigo ver o amor como algo real, pode-se dizer assim, ele, para mim, é tão personagem de fantasia quanto fadas e dragões... E sim, eu sei os comentários que virão, sei como irão me dizer que não é bem assim, mas não consigo evitar de pensar assim, frio de minha parte? Talvez... E talvez também eu me arrependa do que estou dizendo algum dia....

Uma amiga me disse algumas coisas que me fizeram ter até uma certa inveja dela, por acreditar e sentir isso de forma tão...Bela, é, acho que é essa a palavra... Sinto não poder ser assim, não poder me render a essa febre que acomete a humanidade desde que o homem se descobriu capaz de sentir... Dinheiro,religião,terras.... Quanto a tudo isso há opiniões divergentes, mas o amor, a simbiose entre dois seres, o amor dos amantes,ele é aceito em toda parte, cultuado... A arte o venera como a um deus... E não serei hipócrita a ponto de negar que em minhas próprias historias ele aparece, sorrateiro e toma conta da trama...Mas não passa disso, história, fantasia...

Às vezes penso se não seria melhor ignorar esses pensamentos estranhos que me acometem...Talvez, mas acho que esse não é um deles, há outros, que deixo escondidos nas sombras da minha mente...Coisas que talvez eu não queira realmente pensar... Ou que eu apenas tenha medo de pensar...

Mas chega de divagar...Minha opinião permanece, o amor é belo, sonhadoramente belo... Mas há algum tempo eu já aceitei que sonhos sempre serão sonhos... Desejos às vezes se realizam, mas sonhos voam alto demais para isso...

sábado, 22 de maio de 2010

Spots of Loveless

E a muito estou alheio e quem me entende
Recebe o resto exato e tão pequeno (Legião Urbana-Os Barcos):


... De uns tempos pra cá venho percebendo como todos à minha volta se apaixonam... Como dizem precisar disso de forma quase surreal, como necessitam amar alguém mesmo que não recebam esse amor de volta... E eu, bem eu nunca senti isso, essa necessidade extrema de estar com alguém, de ouvir uma voz ou apenas de ver um sorriso... Me pergunto como seria, mas no fundo, não sei se realmente quero isso... Detesto depender de alguém e por mais que venham com o papo de conto de fadas, a idéia ainda me parece muito sonhadora... Vejo tanta gente se machucando por isso, por causa de outra pessoa, e não consigo entender a dificuldade em esquecer... As vezes penso se não sou fria demais nesse ponto, para mim o amor chega a ser uma fraqueza em alguns casos, um sentimento que faz você se apoiar e depender de alguém a tal ponto que não consegue mais discernir você e o outro...


E eu me pergunto como eu consigo divagar tanto pela madrugada afora e também se tudo que eu penso é tão estranho como me dizem... Não que importe muito, apenas uma dúvida...Assim como perguntas retóricas...É apenas o prazer de questionar ...Sentimentos são um tópico delicado para se abordar, o amor principalmente as pessoas não aceitam muito bem uma visão diferente sobre ele...


Sentimentos, religião...São tantos assuntos que trazem discussão à menor menção... Como somos complicados, como é difícil aceitarmos a opinião do outro...

C'est La vie... Nem tão rose quanto gostaríamos...Mas ainda assim, deveras divertida...

Quem me dera, ao menos uma vez,
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
E fala demais, por não ter nada a dizer.
Quem me dera ao menos uma vez,
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três (Legião Urbana-Índios)


Ouvir legião me inspira pensamentos estranhos...