Looking for a thougth?

quarta-feira, 17 de março de 2010

Spots of a Golden Ink- Parte I

Os olhos dourados do Lobo

~°~

Um uivo enche a noite

Uma saudação à Deusa sombria

Um uivo chega aos sonhos

Um último adeus

~°~

Depois de tantos anos finalmente consegui voltar a esse lugar, tão familiar e ao mesmo tempo tão estranho.Continua sendo o mesmo bosque tranqüilo, com suas arvores antigas e o suave canto dos pássaros. O sussurrar do rio correndo longe continua o mesmo,o sol ainda incide sobre as árvores fazendo com que a luz aqui sempre lembre um preguiçoso fim de tarde.Me lembrei de um dia como esse, um dia em que tudo parecia diferente...

Ainda com as roupas da batalha cheguei até o bosque, o barulho do rio, que sempre me acalmara, agora me parecia um som estranho, a diáfana luz esverdeada não me parecia natural ali...Meus olhos demoram-se na mais velha das árvores e com um suspiro cansado me sento na grama macia, apreciando a sombra, sentindo a madeira áspera em minhas costas ,como sempre, mas ainda assim, tudo estava diferente, inconscientemente levo uma de minhas mãos até meu lado direito.A lembrança me atinge, como uma flecha. Fecho os olhos com força, meu inconsciente se recusa a acreditar no que aconteceu.

Passo a mão com força pelos cabelos, aquela imagem invadindo meus pensamentos, os pêlos negros empapados pelo sangue, aqueles olhos dourados, tão iguais aos meus, fitando-me e eu via ali toda sua lealdade, seu amor... Não, não quero lembrar, meus olhos enchem-se de lágrimas.Não adianta, abrindo as próprias feridas meu coração insiste em reviver tudo outra vez, ouço novamente aquele ganido baixo, num ultimo esforço para levantar a cabeça a lamber meu rosto , o gosto salgado das lágrimas...Já não consigo evitar, as lembranças ocupam a minha mente como uma sombra.Uma pergunta cruel surge em minha mente....Não foi minha culpa? Se eu não tivesse tanta confiança em mim mesmo, tanta arrogância, isso não poderia ter acabado de outro jeito?

Minha mente vagava em amargos pensamentos quando uma estranha brisa começou a soprar, olhei em volta, vi as folhas se agitando, murmurando suas confidencias atemporais.E no meio do bosque,sob aquela luz esverdeada um espectro translúcido surgiu, por um momento pensei ser uma peça pregada por minha mente confusa, era ele...Trotando em seu passo silencioso até mim, lambeu meu rosto, estendi minha mão para sentir novamente aquele pêlo macio, mas ela o atravessou, olhei para aquele fantasma lupino, percebi então que era um ultimo adeus... Uma forma de me dizer que não fora minha culpa..Entendi o que ele queria me dizer.

-Mesmo sem você... Eu tenho que seguir em frente, não é rapaz?

Ele assentiu com a cabeça,e então eu senti aquela ligação que nos unia, como a uma só alma, se quebrando dolorosamente.Fora um adeus...Fiquei ali ainda por muitas horas, até o brilho pálido das estrelas vir a fazer-me companhia.Quando finalmente me levantei já não haviam lágrimas. Eu estava vivo, e por mais que aquela ferida não cicatrizasse jamais, eu iria fingir que já não doía.

~°~

Olhos dourados

Jamais se curvam a ninguém

Mas entregam seu coração

Numa cega confiança

~°~

Um riso baixo saiu de meus lábios, quebrando o silêncio daquele lugar.Ainda doía, mas agora era um saudade, uma coisa que machucava no fundo do peito, apenas me lembrando que a vida não se faz apenas de alegrias.Tantos anos se passaram... Fiz muitas coisas das quais me arrependi, e outras que me arrependi por não ter feito...Olho para o topo da arvore, um pássaro de penas rubras cantando uma doce melodia.Um sorriso meio de lado brotou em meu rosto cansado.

-Como será que você está, hein, ruivinha?

Ela também é como esse pássaro, só é feliz, quando está livre. E nessa liberdade, toda a sua beleza se mostra. Fecho os olhos, mais uma vez me entregando às lembranças...

A primeira vez que eu a encontrei, foi um tanto quando estranha...Eu havia acabado de chegar àquela pequena vila, e não devia estar fazendo uma figura muito bonita...Meu manto estava sujo e rasgado, havia um atadura em volta do meu braço, que estava empapado de sangue...Meu garanhão, cansado da viagem, trotava em passos pesados.Saltei próximo a uma taverna, ignorando as pontadas de dor que se espalhavam pelo meu corpo.Sentei ao balcão, ignorando os olhares atravessados dos poucos ocupantes do local.Pedi um bebida qualquer, fitando as ataduras que envolviam o pior ferimento, estavam molhadas de sangue, mas ainda agüentariam.

-Você deveria tratar isso.

Olhei para o autor da frase,uma garota ruiva, parada atrás do balcão, olhando-me com desaprovação.Rodei os olhos com certa impaciência.

-E você deveria cuidar da sua vida...

Não estava a fim de ouvir sermão de uma garotinha, só queria um pouco de álcool para mascarar a dor e seguir meu caminho,mas ela não parecia que ia desistir tão cedo...

-Vai infeccionar, seu idiota...

Rosnei, já irritado, olhei para garota,que mantinha um arzinho mandão no rosto.

-Isso é problema meu...

Ela ignorou minhas palavras,jogando os cabelos num gesto levemente arrogante, antes de sumir por uma porta que eu não notara antes.Resmunguei qualquer coisa ao taberneiro quando este me entregou o copo. “

Uma brisa passa pelas arvores, me tirando de meus pensamentos; me levanto tirando a poeira das roupas.

-As vezes eu me pergunto se não seria melhor eu ter saído dali enquanto pude.Talvez minha vida tivesse sido menos cheia de problemas.

Suspiro sabendo que jamais poderia ter feito isso.Desde que havia perdido Hades aquela foi a primeira vez que a letargia me abandonou.



-Continua...Algum dia-

Memories From Today

Sabe aqueles dias em que tudo o que você quer é ficar olhando o céu? Sentindo o vento... Ou talvez apenas existir..ão fazendo nada? Estou num dia desses....
E em dias como esse eu sinto falta dos meus cachorros...De passar a tarde inteira com eles lendo um livro,ouvindo o vento ou só sentada apreciando a companhia...Acho que eu tenho uma necessidade crônica de cachorros.


Uma amiga minha me diz que não quer ter cachorros porque eles dão trabalho,precisam de atenção,banho veterinario e etc.... Disse que prefere gatos porque são mais fáceis de se cuidar. (Eu nunca disse que você não gosta de cachorros ;p)
Mas uma sutil diferença entre cães e gatos... Gatos vivem com você, cães vivem para você.

Ok....É oficial, eu PRECISO do meu cachorro de volta.





Gosto de gatos...Mas não entendo como tem gente que não gosta de cachorro...

sexta-feira, 12 de março de 2010

Spots of Memory

The Memory Keeper

O guardião de memórias vive em meio à névoa de um mundo surreal, um mundo onde sonho, realidade, passado e presente se misturam em confusa harmonia.O próprio guardião é atemporal, vive de passado e futuro, levando nas mãos uma luz que revela as sombras que povoam seu caminho de névoa... O guardião de memórias tem sempre os olhos turvos, pois tem o mais belo e o mais triste dos ofícios...Ele guarda todas as lágrimas e todos os sorrisos ,sem nunca rotulá-los , guardado todos com a mesma nostalgia... E mesmo cercado de vozes, risos e lágrimas, o guardião está só...Pois todos os seres são feitos de névoa, vivendo eternamente um único instante....E o guardião segue sua sina, vagando pelos recantos da memória, acalentando os sonhos e regando as doces fantasias...E nas estranhas constelações do céu do pensamento ele encontra conforto para a dor que lhe aperta o peito... O guardião jamais esquece e chora pelos sorrisos perdidos...E depois de percorrer todo seu mundo de memórias ele volta para o recanto que é sua morada, um pequeno lugar perdido a infância , banhando por um pálido sol de fim de tarde, ali o guardião mantém as mais preciosas coisas Ali estão os frágeis sonhos impossíveis e os etéreos palácios de nuvem, mas não é para nada disso que o guardião dirige seu mais belo sorriso, ele segue até uma pequena caixa de vidro, dentro da caixa esvoaçam pequenas borboletas, diferentes em cores e formas...E o guardião cuida de cada uma delas com o mesmo zelo , dá a cada uma sua dose do cálido néctar, feito dos mais puros sentimentos que o guardião foi capaz de encontrar...Pois elas são o tesouro mais precioso deste vasto mundo de névoa...São tão fortes que podem se manter firmes durante a pior das tempestades e, ao mesmo tempo, tão frágeis que algumas palavras impensadas podem machucá-las...E o guardião sorri ao abrir a caixa e deixar que aquelas borboletas, cada uma delas única no mundo, voem livres...Dando um pouco de vida àquele turvo mundo atemporal.

Fim

quinta-feira, 11 de março de 2010

Dreaming about dreams...

Sonhos, são coisas deveras interessantes de se pensar... Reflexos do subconsciente que raramente o consciente se da ao trabalho de lembrar, mas que , ainda assim, são necessários para a nossa sanidade (ou quase)...
Raramente me recordo de algum sonho e os poucos que restam me divertem, me angustiam mas no fim sempre me deixam a pergunta: O que se passa dentro a minha mente, nos lugares empoeirados e atemporais da memória aos quais nem eu tenho acesso?


Hum, mais uma das perguntas sem respostas...








As vezes eu penso o que é mais angustiante, uma pergunta sem resposta ou uma resposta sem pergunta?

quarta-feira, 10 de março de 2010

Spots of ink...From years ago.

Snow Dream


Eu vejo a neve cair lá fora e sinto as lágrimas deslizando pelo meu rosto. Já faz tanto tempo e eu já esqueci. Tento me convencer disso, mas então por que essa tristeza? Por que esse aperto no coração?... Sou tão patética a ponto de ter que mentir pra mim mesma e falhar nisso! Mas não posso evitar, ver essa neve caindo, fria e silenciosa, me lembra aquele dia, o único dia que eu realmente gostaria de apagar da minha vida... Eu sinto muito, mas agora não adianta mais... Já faz tanto tempo, a única coisa que realmente me lembro é a neve, caindo exatamente como hoje, e a sua voz me dizendo adeus, e eu, idiota que sou, ignorei... Não acreditei em você por pura ignorância... Admito, é por minha culpa que hoje estou sozinha; é por minha culpa que as lágrimas caem; é por minha culpa que a neve se tornou tão triste.


Uma garota corria pela neve, se divertindo com os flocos que se acumulavam em sua roupa... Ela realmente adorava a neve! Tão fria e branca tão divertida de pular e rolar... Ela se divertia alheia a tudo, não percebeu nem mesmo o garoto que se aproximava meio indeciso.


-O-olá!- ele disse chamando a atenção da menina, que agora se divertia a fazer um boneco de neve


- Hein? Ah, olá! Quer me ajudar?- perguntou ela, apontando para o boneco inacabado.


- Claro, pode ser! –Ele sorriu. Foi estranho, mas ela sabia que tinha encontrado um amigo.


Desde então, eles passaram a se encontrar todos os dias, sem perguntas, sem palavras, somente eles e a neve, fria e silenciosa... Uma amizade que, assim como a neve, não precisava de muita coisa para existir.


Como eu sinto falta daquela época. Éramos tão felizes, mas a vida parece querer me negar essa doce palavra: felicidade.


Mas ,um dia, a neve parou de cair e ele não apareceu., Ela procurou e chamou por horas a fio, até que o cansaço vence e ela cai soluçando sobre a neve fria.


-Será que foi tudo uma miragem?Será que eu sonhei tudo aquilo?- ela chorava, abraçada aos próprios joelhos ,quando começou a nevar novamente e ela ouviu uma voz a chamar.


- Olá...- ele disse, abaixando e secando as lágrimas dela com a ponta dos dedos.


Ela levantou a cabeça e sorriu ao ver o rosto do amigo - Onde você estava?- ela perguntou, levantando e limpando o rosto.


- Vamos brincar... Logo a neve não vai mais cair!- ele disse simplesmente.


- Tudo bem!- Ela deu a mão ao garoto e saiu correndo, se divertindo ao cair com tudo num monte de neve fofa!


Eu era tão ingênua, não percebi a verdade escondida ali, não percebi que aquele sentimento que surgia era algo além de uma simples amizade, e também não percebi que aquilo era impossível.Eu só queria ficar perto de ti o maior tempo possível e esse foi o meu maior erro... A neve não cai para sempre.


Já estava ficando escuro e ela disse que tinha que voltar, ou seus pais ficariam preocupados.


- Não - ele a segurou pela mão - Por favor, fique mais um pouco. Logo a neve não vai mais cair!- ele pediu aflito.


Ela não entendia por que a neve não podia parar de cair, mas não pôde resistir àqueles olhos tão profundamente azuis, com um brilho desesperado pedindo-lhe para ficar.


- Eu... Tudo bem, mas não posso voltar muito depois de escurecer!- ela sorriu, apertando a mão dele.

- Obrigado... -ele retribuiu o sorriso e abraçou a garota, colando o corpo menor ao seu - Aconteça o que acontecer, saiba que meus sentimentos por você foram sinceros!


Suas palavras ainda ecoam em minha mente. Na época, não as entendi, mas hoje elas doem em meu coração e fazem as lágrimas aflorarem. Por que você apareceu em minha vida? Por que me fez gostar tanto de você?


Eles brincaram sem ver a hora passar... E na vila ,os pais da garota se preocupavam com ela e haviam saído para procurá-la. Eles andavam pela neve chamando o nome da menina que alheia a tudo, só pensava em se divertir.


- Filha! – O pai gritou ao longe, vendo a menina brincando com o garoto de roupas brancas – Filha sai de perto dele!- ele gritou com uma nota de desespero.


- Mas pai... - A garota tentou


- Não... - O garoto gentilmente tocou-lhe o rosto - Eu devo ir, mas lembre-se do que eu te disse; aconteça o que acontecer, saiba que meus sentimentos por você foram sinceros.


Ele disse isso e desapareceu correndo pela neve. Mal ele saiu o pai da menina correu até ela abraçando-a.


-Filha, está tudo bem com você? – perguntava ele, afagando seus cabelos. - Ele não lhe fez nada?


- Sim pai, estou bem. Qual o problema? Ele é meu amigo!


Quem me dera eu tivesse ficado calada. Quem me dera meu pai não tivesse aparecido... Mas ,naquela noite, tudo começou a desmoronar. Aquela era a ultima noite de inverno.


“-Filha, o que estava fazendo? Não te dissemos para voltar para casa antes de escurecer? Imagine só se eu não tivesse chegado!


Já em casa o pai falava irritado e garota nada entendia. Tudo bem que ela demorara um pouco, mas isso não era motivo para tanto estardalhaço.


- Mas, pai, eu só estava brincando com meu amigo!


- É isso que ele quer que acredite!Filha, aquele garoto era um demônio da neve!- o pai falou, finalmente olhando aflito para o rosto surpreso da filha.


- Demônio? – ela não acreditava. Então tudo fora uma mentira, ele era apenas um demônio de neve brincando com ela?


A garota saiu correndo dali e se jogou em sua cama, chorando até suas lágrimas secarem.”


Como fui tola. Esqueci de suas palavras e você me disse para não esquecer. Sinto muito... Eu realmente sinto muito. Você foi o único que nunca me cobrou nada, foi o único que realmente foi meu amigo e eu não acreditei em você e me deixei levar por um preconceito tolo, pelas minhas superstições idiotas!


A garota adormeceu na mesma posição, uma trilha de lagrimas se formara em seu rosto...Ela acordou pouco antes do sol nascer e foi até a janela.


- Por quê?...Eu sou realmente idiota! Ele era só um demônio brincando comigo... - nisso as lágrimas caiam novamente


- Olá... - O garoto, ou melhor, demônio, a olhava seu rosto também banhado pelas lágrimas.


- O que você quer? Veio aqui brincar mais um pouco com meus sentimentos?- ela atacou furiosa ,ainda chorando.- Veio mentir pra mim outra vez?!


- Eu pedi para você não esquecer... Eu nunca brinquei com você... Por favor, entenda... Eu não podia dizer para você quem eu realmente sou! Essas são as regras... - ele tentava falar, as lágrimas se misturando com a neve que caia.”


E eu, tola que fui não quis nem te ouvir... E agora você se foi pra sempre. Quem me dera poder voltar, mudar tudo o que eu te disse... Quem me dera poder viver aquele dia de novo, eu faria tudo diferente!


“-Eu te odeio! Saia daqui!!- ela gritava sentada no chão do quarto. Doía dizer isso, mas ele havia mentido para ela.


- Eu sinto muito... Mas a neve já vai parar de cair. -Ele tinha razão a neve estava cada vez mais fraca e o sol já despontava ao longe. - Sim eu sou um demônio, mas eu realmente amei você...


Você me disse o que eu sempre quis ouvir, mas eu, na minha raiva, não quis escutar. Só me importava o que você era... Será que um dia você poderá me perdoar?


Muitos invernos vieram e se foram, mas para ela a neve nunca mais fora uma amiga... Ela o perdoara, mas mesmo assim ele nunca mais voltou. Ela cresceu, mas nunca esqueceu do que aconteceu tanto tempo atrás.


Tanto tempo se passou, mas suas palavras ainda ecoam em minha mente.


“-Aconteça o que acontecer, saiba que meus sentimentos por você foram sinceros!


Agora estou aqui...Olhando a neve que cai, exatamente como caía há tanto tempo, branca e silenciosa...Como eu gostaria de ouvir você me chamando...Sua doce voz dizendo meu nome...Por favor, me perdoe por ter sido tão tola...Eu vejo a neve lá fora e em meio aos flocos, vejo alguém vindo em minha direção... Meu coração bate mais rápido... Mas deve ser só mais alguém da vila... Então por que eu estou tão ansiosa?...Por que sinto essa esperança brotando no fundo do meu peito?...Será por que eu reconheço esse jeito de andar? Esse jeito de agir, como se fizesse parte da neve... Abro a janela e ouço aquela doce voz me dizendo...

-Vamos brincar?


Você sorri pra mim... Um sorriso puro... Sem nenhuma mágoa pelo que aconteceu... E eu me jogo em seus braços, você me abraça como fez tanto tempo atrás e eu percebo o quanto senti falta dessa sensação... Do calor dos seus braços. Eu estou chorando... Você limpa minhas lágrimas e segura minha mão.E diz com sua voz suave:


-Vamos brincar... Logo a neve não vai mais cair.


Fim

Falling from a dream...

Sempre tenho essa estranha sensação de estar caindo dentro de mim, passo horas perdida em pensamentos inintendíveis, feitos de cores e sons que eu esqueço logo após pensar, ainda assim não consigo deixar de me perder nesse mundos... Fugir, talvez.
Mundos estranhos, refletindo o que se passa por entre as sinapses do meu cerebro, as pessoas insistem em me puxar para fora, para os sons reais, mas as vezes eu penso, como seria me perder para sempre?
Gostaria de entender a mente, mas para isso devo fechar portas preciosas demais, prefiro então me render ao não-saber,a não olhar a ultima página do livro.
Deixo as historias seguirem seu curso, mergulhando cada vez mais fundo...Ah, as vezes gostaria de poder não voltar....











E as vezes me pego pensando se as vezes não penso demais...

G.C. David